quinta-feira, 9 de julho de 2020

Zanessa Fics - Erros - Parte 2

Bom dia!
Aqui têm a Parte 2 da mini fic Erros.


Parte 2

- Oi! – disse quase sem som – Tudo bem contigo? – suspirei – Só queria despedir-me, ou saber se já foste. – disse embaraçada – Zac, liga-me assim que puderes – pedi – Beijos.
Suspirei mais uma vez, antes de encerrar a chamada. Ter vindo a casa em Hampton com os meus pais, parecia ter sido a melhor decisão naquele momento. Estava tornando-me mil vezes pior que todas as adolescentes que existiam no Mundo cujo não aceitavam um fim. Em duas semanas, perdi a conta do número de vezes que liguei para ele, e por mais que eu fosse especial, não era o suficiente.
- Se você não me dizer o que está acontecendo, eu arrumo um jeito de descobrir – disse a loira fazendo-me saltar da cadeira.
- Stella – resmunguei verificando se não tinha derrubado nem um pouco de café que tinha em minhas mãos.
- Vanessa – disse sentando-se na cadeira ao pé da minha.
- Não há nada que precises saber – avisei-a.
- Nem que te conhecesse a dois dias, acreditaria nisso – puxou a minha cadeira na direcção a ela – Quando me ias contar? – perguntou.
- Contar o quê? – perguntei bebericando o café quente que tinha na chávena.
- Que estás apaixonada!
- Mas ... - cruzou os braços impedindo-me de prosseguir com o meu discurso – Pronto, eu estou apaixonada – desviei o olhar dela.
- Acho que isso de eu morar sozinha, está afastando-me de ti – lamentou segurando uma de minhas mãos – Ainda somos as irmãs inseparáveis, Nessa – beijou a palma de minha mão e levou-a ao seu rosto.
- Eu sei – disse – Mas tu cresceste, eu cresci e nós mudamos. Não queria chatear-te com essas infantilidades – confessei.
- Não há nada de infantil em estar apaixonada, é natural e merece toda a minha atenção – afirmou.
Poisei o chávena sobre a mesa que ficava naquela varanda, aconcheguei-me mais na cadeira e fiquei olhando para o mar imenso que embelezava a traseira da casa. Sentia os olhos castanhos iguais aos meus, analisando-me ansiosos, para que dissesse alguma coisa, mas as lágrimas começaram a correr pelo meu rosto, antes mesmo que pudesse falar.
- É só mais um daqueles amores que são como o vento – disse – Você sente, gosta, mas passa, e enquanto durou foi bom – encarei-a.
- Mas esses amores, são os que mais quebram – avisou-me.
- Eu sabia, que terminaria, mas queria que fosse de outro jeito – falei – Sabia que se não quisesse sofrer, não devia entregar-me, mas …- sorri e enxuguei as lágrimas que corriam em meu rosto.
- Mas foi o primeiro rapaz que te fez sentir maravilhosa, que te fez rir sem ter que dizer uma piada, que o som da sua voz fosse como a melodia mais reconfortante, a mais perfeita – Stella citou como se sentisse exactamente o que eu estava sentindo, como se ela também estivesse apaixonada.
- O homem – corrige-a – Ele não é um rapaz – avisei-a.
- Não é o Austin? – mencionou meu melhor e fiel amigo.
- Não – respondi de imediato e embaraçada – Ele fez com que tudo tivesse certo, eu não temi entregar-me, não temi nada, nem o que os pais fossem pensar – sorri feito parva.
- Tu já não és virgem? – cobri meu rosto com as mãos, sorrindo parvamente tal como ela – Vanessa Anne Hudgens – disse histérica – Você se preveniu?
- Como eu disse, ele é um homem – encarei-a.
- Os homens esquecem-se facilmente– avisou-me.
- Não um que foge ao ouvir “ te amo “ – disse voltando a desviar o meu olhar dela – Talvez foi muito cedo e assustou-o – disse – Ou por eu ser uma miúda – disse-lhe.
- Não foste miúda suficiente para ele levar-te para cama, logo não é isso – acalmou-me um pouco – Talvez, ele não esperava, ou não sabe como lidar com isso – passou seu polegar pelo meu rosto.
- Talvez é casado, quisesse algo sem compromisso e eu estraguei tudo – avisei-a
- Se assim for, ele fez o certo, tarde , mas o certo – avisou-me – Fala com ele, procura saber o que há?
- Eu já tentei falar com ele.
- Procura-o, você sabe onde ele mora ou trabalha – disse-me.
- Estaria a persigui-lo, assim ele fugiria mesmo – avisei-a.
- Você disse que o ama, você merece alguma explicação.
- Estas certa - declarei
Talvez Stella tivesse certa, eu merecia saber porque ele foi embora daquele jeito. Não sabia onde ele trabalhava, e quando fui a casa dele, a única vez que fui, não estava com nenhum interesse pelas ruas que passávamos e nem no prédio que entramos. Tudo que eu tinha era um número e o nome.
- Não vai dizer-me o nome do primeiro amor de minha irmã cassula? – perguntou animadíssima fazendo um sorriso surgir em meus lábios.
- Zac – disse.
- Zac quê? – perguntou curiosa.
- Apenas sei que é diminutivo de Zachary – falei recebendo um olhar raivoso de Stella, sim eu era mesmo uma parva, passei um final de semana na casa de meus pais com um homem que eu nem sequer sabia o sobrenome.
- Vanessa – sua voz parecia mais amarga, irritada – Por acaso ele é Zachary Efron?
- Não sei – avisei-a
- Como ele é? – questionou-me.
- O que isso importa?
- Responde a minha pergunta – disse um pouco mais alterada.
- Esta tudo bem aqui, amor?
Levantei-me num salto, quase derrubando a mesa, enquanto Stella continuava na cadeira nenhum pouco incomodada pelo aparecimento nada esperado daquele ser, que ainda não pude verificar quem era.
- Desculpe, não quis assusta-lá – disse tão calmamente que o meu coração acelerou ainda mais.
- É este o Zac? – perguntou Stella fazendo-me olhar para ela e logo para o homem que estava do lado dela - Vanessa responde-me – disse ainda mais alterada.
Olhei para ela novamente, aquilo só podia ser um pesadelo, dos piores, porém bastaria fechar os olhos e abri-lo e aquilo tudo terminaria. Mas, não resultou.
- Você pode relaxar, que eu já estou tendo um treco por causa do susto – avisei-a.
- Estou relaxada – disse – E você pode responder-me?.
- Que tenho que juntar mais uma coisa na lista de coisas em comum?
- Vanessa – sua voz quase sumiu.
- Agora nós gostamos de homens com o mesmo nome – disse vendo-a suspirar – Mas eu tenho melhor gosto – disse dando o sorriso mais forçado que alguma vez na minha vida dei.
- Eu quase morria – disse dando um beijo casto nos lábios daquele homem, que parecia uma pedra de gelo de tão pálido que estava.
- Vanessa – disse estendendo minha mão, para ele.
- Zac – disse com os seus olhos fixos nos meus, exactamente como a primeira vez.

Espero que tenham gostado!

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