Aqui têm a Parte 1 da mini fic Erros.
Parte 1
Senti seus dedos quentes percorrerem meu corpo nu, arrepiando-me toda. Sorri, mantendo meus olhos fechados, apreciando apenas aquele momento, deixando minha mente viajar pelas lembranças do que tínhamos feito naquele quarto durante um fim de semana inteiro.
Foi apenas ter mentido uma única vez aos meus pais para ter as melhores memórias que alguma adolescente pode ter, e aquele medo de que eles pudessem chegar a qualquer momento, aumentava a intensidade daquilo tudo que tínhamos passado naquelas quarenta e oito horas.
- Magnifica - ele disse ainda fazendo uma viagem com seus dedos a cada centímetro de meu corpo como se ainda fosse desconhecido.
Nada em mim era mais desconhecido para ele, até meu coração.
Nunca existiu nenhum rapaz para mim antes dele, nunca ouve ninguém que me fizesse sentir tão bem comigo mesma, com aquilo que pensava que era quanto ele.
Amava meus pais e tinha minha irmã mais velha como melhor amiga, mas as coisas mudam enquanto crescemos e 3 anos de diferença fazem-se sentir quando começamos a identificar quem somos, e as coisas transformam-se e comigo surgiu ele, aquele homem dono de um par de olhos azuis que sabia que naquele momento estavam sob cada parte de meu corpo como se tirasse fotografias, do mesmo jeito que tinha feito quando ele adormeceu, guardava para mim cada pedaço dele na minha mente e no meu coração, como minha mãe vivia dizendo " Quando tudo está muito bom, está prestes a acabar", e connosco já havia uma razão para o fim, ele ia embora muito em breve, e as coisas iam acabar mesmo.
- Te amo - disse abrindo calmamente os olhos.
Seus olhos azuis encontraram-se com as minha amêndoas achocolatadas e o brilho que existia desde o primeiro dia que o vi, a exactamente três meses sumiram completamente, continuava belo, incrivelmente belo, com sua pele morena seus cabelos castanhos claros desarrumados de maneira muito atraente, seu corpo nu cobrindo apenas sua área mais intima, que me tinha proporcionado sensações maravilhosas, os traços de seus músculos tonificados deixavam ainda mais belo, ele estava ali, mas o brilho de seus olhos sumiu.
- Tenho que ir - disse levantando-se da cama - Seus pais já devem estar chegando - falou vestindo-se muito rapidamente.
- Eles só chegam a noite - disse sentando-me bruscamente na cama, cobrindo meu corpo com o lençol.
- Eu tenho que ir - terminava de colocar a camisola e guardava de uma maneira desajeitada o telefone no bolso traseira da calça jeans.
- Z! - choraminguei confusa
- Tu és especial, muito mesmo, mas eu tenho que ir - disse e simplesmente saiu.
Era especial, mas já tinha dado o que tinha que dar. Tantas vezes ouvi isso, sendo dito para imensas raparigas e achei que com ele, com tudo que ouvi dele, da maneira que me tinha feito sentir, até ter apresentando-me aos seus amigos, pensei que realmente era especial, mas eu ainda era uma miúda e ele definitivamente era um homem. O único que alguma vez me envolvi e que me iria envolver.
Espero que tenham gostado!
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